O Bitcoin vai manter o valor acima de US$ 100 mil ao longo de julho? Os investidores da maior criptomoeda do mundo parecem apostar que sim. Recentemente, as expectativas no mercado de previsões mostraram um otimismo crescente, mesmo com alguns sinais técnicos que geram preocupação.
Atualmente, o Bitcoin está sendo negociado a US$ 108.799. O legal é que ele está cerca de 8% acima desse número simbólico de US$ 100 mil. Mas essa margem é suficiente para garantir estabilidade?
No Myriad, um mercado de previsões que pertence à Dastan, as apostas em “Bitcoin acima de US$ 100 mil durante todo julho?” já movimentaram US$ 12,4 mil. O que chama a atenção é que a confiança dos traders aumentou de 50% para 64,5% em apenas três dias. Isso mostra uma crença forte de que a moeda vai conseguir se manter nesse patamar.
Porém, essa aposta é desafiadora. Para que a linha dos US$ 100 mil permaneça intacta, o Bitcoin não pode sequer despencar por um momento abaixo desse valor durante todo o mês. Isso é diferente de apostas convencionais, o que torna essa situação um verdadeiro teste de resistência.
Bitcoin: a linha de US$ 100 mil na areia
O Bitcoin tem flutuado acima de US$ 100 mil desde maio, e esse nível se tornou um ponto crucial para os investidores. Por um lado, se ele cair, mesmo que por pouco, pode desencadear uma série de vendas automáticas, pois muitos traders veem isso como a divisão entre um mercado em alta ou em baixa. Por outro lado, se o Bitcoin conseguir manter esse patamar, isso fortalecerá a confiança e poderá pavimentar o caminho para novas altas históricas.
Apesar do otimismo no mercado de previsões, os gráficos indicam que a tarefa de segurar os US$ 100 mil não será simples. Vamos dar uma olhada em alguns fatores técnicos que podem complicar essa defesa.
Sinais de alerta: Um dos pontos mais preocupantes é o Índice Direcional Médio (ADX), que está entre 10 e 17. Esse número é bem abaixo do 25, que indica uma tendência. Em outras palavras, a leitura sugere que o Bitcoin não está realmente em uma tendência definida — ele está apenas “flutuando”. Em situações como essa, o risco de movimentos bruscos aumenta, podendo levar a quedas rápidas.
Volatilidade comprimida: O indicador Squeeze Momentum mostra que estamos em um momento de compressão, tanto nos gráficos diários quanto nos de 4 horas. Essa compressão, em geral, precede movimentos de preços explosivos. Com uma margem de apenas 8,4% acima dos US$ 100 mil, qualquer movimento para baixo poderia facilmente brecar essa resistência.
Resistências descendo: O gráfico mostra uma tendência descendente que tem pressionado os altos próximos a US$ 109 mil. Cada recuo nesse nível aumenta a pressão de venda, sugerindo que novas quedas podem ocorrer e induzir ordens de stop.
Caminho para o BTC a US$ 100 mil: múltiplos suportes em ação
A boa notícia é que o Bitcoin precisará superar várias zonas de suporte antes de realmente ameaçar os US$ 100 mil. Observando o gráfico de 4 horas, podemos ver que há uma defesa bem estruturada.
A primeira linha de defesa está em US$ 107.200, onde o preço se consolidou. Abaixo, entre US$ 104 mil e US$ 105 mil, há uma forte base de compradores. E não podemos esquecer do nível psicológico de US$ 102 mil, que atua como uma última barreira antes do limiar crítico dos US$ 100 mil.
Entretanto, é importante ressaltar que o Bitcoin está no topo de um canal em vez de se manter no meio, o que pode significar que os traders estão excessivamente otimistas em relação ao que os dados realmente indicam.
Até 1º de agosto, a diferença entre os US$ 100 mil e o topo do canal será significativa, indicando que os preços exigirão uma pressão de compra muito maior para romper resistências do que a pressão de venda para alcançar o suporte. Essa assimetria entre risco e retorno favorece um movimento descendente.
Os US$ 100 mil do BTC vão resistir? O que dizem os gráficos
Então, o Bitcoin conseguirá se manter acima dos US$ 100 mil em julho? As informações de negociação indicam que a disputa é mais intensa do que os números atuais de US$ 108 mil e a confiança de 64,5% dos traders sugerem.
A falta de força e a volatilidade comprimida trazem riscos, mas a estrutura de suporte e o clima otimista do mercado ainda oferecem uma defesa importante para a linha dos US$ 100 mil.
As próximas semanas serão decisivas. Se o Bitcoin conseguir romper a faixa de US$ 110 mil, isso fará com que os US$ 100 mil se tornem um patamar mais seguro. Contudo, uma quebra abaixo de US$ 107 mil representaria o primeiro teste real, com os US$ 104 mil funcionando como uma verdadeira linha de frente.
Esses dados sugerem que, se tudo continuar como está, é provável que o Bitcoin permaneça acima dos US$ 100 mil pelo restante do mês. Afinal, o mercado sempre apresenta suas surpresas, e se você tem um olhar atento, pode se preparar para o que vem pela frente.
